terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Terminou a cimeira Europa-África


Então caros bloglistas! Antes da realização da cimeira Europa-África foram aparecendo inúmeras postagens sobre a cimeira. Eram preocupações, previsões, Mugabe para aqui, Khadafi para ali, Gordon Brown para acolá, etc, etc. Terminou a cimeira. Alguém voltou a falar nela? Parece que ficamos todos (bloguistas) mudos. E o balanço? Estamos ainda preparando as análises?

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

2007: balanço positivo


O Secretário-geral da Frelimo (ou do governo? Uma vez que os discursos confundem-nos tanto que ficamos sem saber onde exactamente termina o partido e começa o governo), Filipe Paúnde disse muito recentemente que “o ano 2007 foi excelente para os moçambicanos”. E as justificativas para esta afirmação podem ser lidas aqui (e aconselho a lerem a notícia antes de prosseguirem).
Depois de ler a notícia me perguntei se eu ando muito distraído ou se estou a viver no mesmo país em que certa camada de políticos vive?

Não discuto se o ano de 2007 foi ou não excelente para os moçambicanos. Apesar de ser discutível. O que questiono são as razões/indicadores apresentados para justificar que 2007 foi um “ano bom”. Vejamos:

O ano 2007 foi “excelente” para os moçambicanos porque:
1. “O partido Frelimo aumentou seus membros”Mas em que medida e até que ponto o aumento do número de membros do partido Frelimo constitui indicador explicativo e determinante para o bem estar dos moçambicanos?

2. “O recenseamento eleitoral foi positivo”Pois, tão positivo que teve que ser prolongado até Março d 2008. Se as percentagens do recenseamento eleitoral determinam de facto o bem estar dos moçambicanos, as até agora registadas não me parecem muito famosas, logo, não sei como se pode concluir a partir delas que o ano de 2007 foi excelente.

3. “Construção de novas infra-estruturas”Faltou especificar que tipo de infra-estruturas (será que foi falha ou opção da redacção?). Que grandes infra-estruturas foram construídas em 2007? O famoso “mega” centro comercial? Contribuiu tanto para que o ano 2007 fosse classificado como excelente, que uma certa individualidade portuguesa numa visita ao centro comercial empolgou-se e acabou afirmando que “em Moçambique não há fome”. Será que o poder de compra dos moçambicanos melhorou tanto que o centro comercial constituirá uma opção como lugar para compras?
Se de infra-estruturas não se refere ao centro comercial, qual seria outra infra-estrutura de preferência que o povo beneficie directamente? Como mega escolas, mega hospitais, mega etc?

4. “Melhoria do atendimento nas instituições públicas, principalmente hospitais”
Que os altos dirigentes se disfarcem de pacatos cidadãos e visitem notários, hospitais e outras repartições públicas e depois voltaremos a conversar sobre este ponto para percebermos se é um indicador válido para analisar se o ano 2007 foi de facto bom.

E em relação aos momentos maus de 2007!?
São tantos, e alguns foram identificados pelo Secretário-geral da Felimo (ou do governo?). faltou estar também referenciado o que se aprendeu com estes maus momentos e que medidas concretas de precaução foram ou estão sendo tomadas para que o governo (ou será partido?) não seja de novo apanhado “de calças curtas”.

Estou de olho.....

De volta...


Depois de uma ausência prolongada e sem aviso prévio, eis-me aqui de volta.
Foram tantas as razões que estiveram por detrás do súbito corte e ausência dos meandros da blogosfera e infelizmente a maior parte delas não muito boas. Foi um acontecimento seguido de outro. Foi um verdadeiro “efeito dominó”.
Foi tudo tão repentino que nem deu tempo para deixar aquele discurso habitual que todos conhecemos: “estarei ausente por X tempo, blá blá... sempre que puder deixarei algum comentário blá blá... logo que possível voltarei blá blá blá...”
Cheguei mesmo a pensar em consultar um daqueles milagreiros vindo do centro de África e que cura qulquer doença assim como afasta qualquer “olho gordo”. É que equacionei a hipótese de um dos meus finados avós (que Deus os tenha) estar zangado comigo.
Mas parece que tudo voltou a normalidade. Voltei a rotina habitual e por isso para alegria de uns e talvez tristeza de outros, estou de volta e com os olhos mais abertos que nunca.