segunda-feira, 3 de setembro de 2007

A estabilidade política no país depende dum pacto


Este artigo vem na sequência de uma noticia publicada no jornal O País On-line de 31/08/2007 e que pode ser lida aqui. Só hoje comento a notícia porque a minha Internet anda tão lenta que desde que fiz o click na notícia no dia da sua publicação, só hoje abriu a página (Brincadeira. Andei distante da “civilização” por uns dias).
Confesso que a abordagem será um pouco apalpando o escuro uma vez que a notícia não é clara. Não sei se porque o próprio discurso do líder do maior partido da oposição fez um discurso pouco claro, ou porque na redacção da notícia algo foi omitido.
As maiores zonas de penumbra na notícia são em relacção ao “pacto pertinente” que se fala na notícia- Fiquei sem saber qual a natureza desse pacto; e não percebi qual de facto é a actual situação que deve ser revertida. Qual esse estado das coisas!
Independentemente dessas dúvidas, depois de ler a notícia ficou martelando na minha cabeça uma pergunta que conduziu a uma série de outras, outras e mais outras. O que faz o líder do maior partido da oposição pensar que um pacto com o seu “inimigo de estimação” irá reverter a tal actual situação? Será que o maior partido da oposição tem uma carta na manga ou uma varinha resolvedora de problemas que só sairá se haver pacto?
Percebo muito pouco de jogadas políticas, mas parece que o maior partido da oposição tem tido dificuldades de aproveitar para seu benefício quando o vento sopra a seu favor. Se de facto tem uma carta ou varinha resolvadora que possa mudar a tal actual situação (que ainda não sei qual, mas que suponho ser negativa), porque não aproveitar o parlamento para ganhar pontos. Em democracia que outro espaço melhor que este para a oposição ao governo expor suas ideias? Apesar de eu pessoalmente ter dúvidas que num parlamento como nosso consiga fazer passar suas ideias. Mas de qualquer das formas tem este espaço onde pode dar a conhecer seu trabalho para reverter o actual estado das coisas.
Além disso, o próprio líder do maior partido da oposição como membro do conselho de Estado pode expor suas ideias de o que fazer e como agir para reverter a situação. As suas ideias podem não passar mas uns pontos pode somar. E de ponto a ponto quem sabe se um dias a sorte não começa cantando uma serenata a sua janela!
Em todo caso, já acho positivo admitir que é possível partidos em posições diferentes trabalhar em conjunto para o bem comum. Quem sabe assim, seus seguidores e simpatizantes passam a pensar o mesmo e a partir dai reduzem as querelas partidárias nos locais de trabalho e por ai fora por “dá cá esta palha.”

Onde isto vai dar? Estou de olho.

2 comentários:

AGRY disse...

Receio não ter apreendido a ideia do autor.Mesmo assim, atrevo-me a fazer uns brevíssimos comentários.O caminho faz-se caminhando.A oposição em Moçambique, como em toda a parte, tem de ser credível, combativa e não tem que andar a reboque do Poder. Esta perspectiva é típica de regimes ditatoriais.Fico por aqui antes que algum chauvinista me acuse de meter a foice em seara alheia

Elton B disse...

Agry, concordo consigo em género, número e grau. Foi essa a ideia que tentei passar