quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Sobre a finalidade da leitura


Apesar de ter marcado a humanidade não pelos melhores motivos, Adolf Hitler é uma figura incontornável da história e que dispensa apresentação. Hitler escreveu um livro entitulado Mein Kampf (Minha Luta), que é mais a sua biografia. Ao ler a obra, deparei com um treçho interessante sobre o que Hitler pensava da leitura. Leiam-no sem preconceitos:



“Sob o nome de leitura, concebo coisa muito diferente do que pensa a grande maioria dos chamados intelectuais.
Conheço indivíduos que lêem muitíssimo, livro por livro letra por letra, e que, no entanto, não podem ser apontados como "lidos". Eles possuem uma multidão de "conhecimentos", mas o seu cérebro não consegue executar uma distribuição e um registro do material adquirido. Falta-lhes a arte de separar, no livro, o que lhes é de valor e o que é inútil, conservar para sempre de memória o que lhes interessa e, se possível, passar por cima, desprezar o que não lhes traz vantagens, em qualquer hipótese não conservar consigo esse peso sem finalidade. A leitura não deve ser vista como finalidade, mas sim como meio para alcançar uma finalidade. Em primeiro lugar, a leitura deve auxiliar a formação do espírito, a despertar as disposições intelectuais e inclinações de cada um. Em seguida, deve fornecer o instrumento, o material de que cada um tem necessidade na sua profissão, tanto para o simples ganha-pão como para a satisfação de mais elevados desígnios. Em segundo lugar, deve proporcionar uma idéia de conjunto do mundo. Em ambos os casos, é, porem, necessário que o conteúdo de qualquer leitura não seja confiado à guarda da memória na ordem de sucessão dos livros, mas como pequenos mosaicos que, no quadro de conjunto, tomem o seu lugar na posição que lhes é destinada, assim auxiliando a formar este quadro no cérebro do leitor. De outra maneira, resulta um bric-á-brac de matérias aprendidas de cor, inteiramente inúteis, que transformam o seu infeliz possuidor em um presunçoso, seriamente convencido de ser um homem instruído, de entender alguma coisa da vida, de possuir cultura, ao passo que a verdade é que, a cada acréscimo dessa sorte de conhecimentos, mais se afasta do mundo, até que acaba em um sanatório ou, como "político", em um parlamento.
Nunca um cérebro assim formado conseguirá, da confusão de sua "ciência", retirar o que é apropriado às exigências de determinado momento, pois seu lastro espiritual está arranjado não na ordem natural da vida mas na ordem de sucessão dos livros, como os leu e pela maneira por que amontoou os assuntos no cérebro. Quando as exigências da vida diária dele reclamam o justo emprego do que outrora aprendeu então precisará mencionar os livros e o número das páginas e, pobre infeliz, nunca encontrará exatamente o que procura.
Nas horas críticas, esses "sábios", quando se vêem na dolorosa contingência de pesquisar casos análogos para aplicar às circunstâncias, só descobrem receitas falsas. Não fosse assim e não se poderiam conceber os actos políticos dos nossos sábios heróis do Governo que ocupam as mais elevadas posições, a menos que a gente se decidisse a aceitar as suas soluções não como conseqüências de disposições intelectuais patológicas, mas como infâmias e trapaçarias.
Quem possui, porém, a arte da boa leitura, ao ler qualquer livro, revista ou brochura, dirigirá sua atenção para tudo o que, no seu modo de ver, mereça ser conservado durante muito tempo, quer porque seja útil, quer porque seja de valor para a cultura geral. O que por esse meio se adquire encontra sua racional ligação no quadro sempre existente que a representação desta ou daquela coisa criou, e corrigindo ou reparando, realizará a justeza ou a clareza do mesmo. Se qualquer problema da vida se apresenta para exame ou contestação, a memória, por esta arte de ler, poderá recorrer ao modelo do quadro de percepção já existente, e por ele todas as contribuições coligidas durante dezenas de anos e que dizem respeito a esse problema são submetidas a uma prova racional e ao nosso exame, até que a questão seja esclarecida ou respondida.
Só assim a leitura tem sentido e finalidade.”

16 comentários:

Aguiar disse...

Penso que Hitler diz-nos, grosso modo, que ha, digamos, um “défice de compreençao da palavra.

Entretanto devo confessar-lhe Caro Elton que tive que ler o texto em duas etapas: numa primeira etapa cheguei apenas à frase “Falta-lhes a arte de separar, no livro, o que lhes é de valor e o que é inútil,” e pensei “olha para ele, deve ter extraido “muita coisa boa” dos livros deve... tem ca uma lata, era o que me faltava es!” e saí, automaticamente, do seu blog. Tempos depois, dei por mim a pensar, gostemos dele [Hitler] ou nao foi um grande estratega entretanto, isto, per si, nao era motivo suficiente para ler de novo o texto postado por Elton...

Contudo, passado mais algum tempo desato a rir “para com os meus botoes” e torno a conectar-me pera ler o “bendito texto”.

Ora vamos la ver, o que é que se passou? Simples, eu nao estava a reagir ao texto, mas sim à pessoa que havia escrito o texto. Noutros termos, eu nao estava a reagir à palavra, mas sim ao corpo que “envolve” a palavra em questao. Corpo biologico e a todo o contexto, hipoteticamente, envolvente. Isto fez-me lembrar justamente o debate que decorre no ideias criticas com o professor Macamo... Finalmente nao é a palavra que esta no centro da questao mas, o “corpo” enqto condiçao de possibilidade da palavra. Nao foi o que Hitler escreveu que me “aborreceu” mas a representaçoa que eu fiz (ainda que por um lapso de tempo) do personagem Hitler numa dada época, mesmo depois de sua chamada, previa, de atençao – “leiam-no sem preconceitos”....

Boa.

Elton B disse...

Aguiar, gostei bastante da sua análise. Olhe que eu nem via as coisas nessa perspectiva. Ainda não havia parado para pensar na discussão sobre o que poderá estar em causa no texto. Se a palavra ou o corpo que a envolve.
Excelente

Elísio Macamo disse...

iolanda, concordo contigo só até um certo ponto. não sei se concordo com a tua insistência no corpo como sendo igualmente um lugar de enunciação. do ponto da vista da retórica (não da lógica porque esta não permite ad hominem) o que se diz é também quem o diz. isto é, a idoneidade faz parte do enunciado. mas a palavra é também independente do emissor, senão não era possível a comunicação. para quem é formado também em ciências naturais como tu é fácil entender que 1,2,3 árvores é diferente de 1,2,3. no primeiro caso, o número é concreto, preso ao objecto. no segundo caso o número é abstracto. é o mesmo que se passa no debate.
elton, para sua informação, aqui na alemanha, país democrático e livre, você estaria a braços com a justiça por estar em posse desse livro e citá-lo!

Aguiar disse...

Elisio, nao compreendo o que tu chamas ciencias naturais, mas sei que o valor absoluto de |1||2||3|é 1,2,3 o valor absoluto de |-1||-2||-3|é 1,2,3. Assim sendo 1,2,3 é 1,2,3. Se me permites, retomo a expressao, ja, por mim utlizada: “os numeros nascem “nus” podemos “vesti-los” com a roupagem que quisermos” , Por isto, o que vem mudar, esses numeros é justamente a roupagem – corpo- com os quais eu os “visto”. Nao é por acaso que aos numeros, nós associamos as letras, criando assim digamos o “corpo” dos numeros, aquele que da coerencia significativa aos “numeros”.
Por isto é que aos numeros, associamos as letras, defenindo, assim, aquilo a que podemos chamar “o corpo dos numeros” e é exactamente esse corpo que nos vai permitir discuti-los, que nos vai permitir comunicar com os nossos pares, e nao o “numero” enqto tal. O corpo passa a ser o “Lugar” no qual “um sujeito” – o numero – em dado contexto comunicativo – o corpo –actualiza a linguagem produzida ou enunciada. Assim podemos ter, por exemplo, |1||2||3|є Z ou ,|1||2||3| є N. O corpo é a condiçao de possibilidade de existencia do numero. O corpo é a condiçao de possibilidade da existencia da palavra.
tu proprio, dizes que na alemanha, país democrático e livre, a palavra de Hitler nao existe, porque o corpo – a sociedade democrata alema- nao o permite. Enquanto a blogosfera de Moçambique, se define, como corpo, condiçao de possibilidade da existencia da “palavra” de Hitler. O corpo é condiçao de possibilidade de existencia da palavra. E isto vai para la da simples logica da idoneidade... a palavra de Hitler é a mesma, gravada num suporte de papel! porque é que essa palavra circula livremente na blogosfera moçambicana e nao pode circular na democratica sociedade alema?

Elísio Macamo disse...

iolanda, receio não estar a entender o teu argumento. a tua insistência no corpo como condição de possibilidade da palavra faz sentido até um certo ponto: no sentido retórico da importância da idoneidade. até aí estou de acordo contigo, embora sugiras que este seja o ponto de discórdia. mas a história não pode terminar aí. o meu exemplo dos números queria chamar a tua atenção para o facto de que, em certa medida, toda a história da matemática se baseia na separação entre o número (por exemplo, a condição de ser dois) e a ideia de dois. a ideia de dois é que torna a comunicação possível e isso independentemente do corpo que enuncia. a não ser que queiras sugerir que como somos nós as pessoas que utilizamos as ideias para os nossos propósitos o corpo é necessariamente lugar de enunciação. aí não posso discutir contigo, pois isso é óbvio. contudo, a ideia de dois é que faz com que a palavra de hitler seja aceite num lugar e não seja aceite noutro. não é sempre hitler (o corpo) que é fundamental, mas sim a própria ideia. de resto, os exemplos que dás dos números referem-se a números naturais e integrais. há também números racionais, complexos, reais, etc. as operações que cada um destes tipos permite não dependem de nenhum corpo. é o mesmo com as palavras. os corpos podem se insinuar neles, mas o que nos permite reconhecer a presença do corpo nas palavras é a própria palavra. portanto, eu acho que estamos de acordo quanto à possibilidade da presença do corpo na palavra, mas não estamos de acordo - se é que esse é que é o teu argumento - que essa é a única opção que temos. o meu comentário chamava a tua atenção apenas para este aspecto.

Aguiar disse...

Ola elisio. Se estamos de acordo nao vale a pena perdermos tempo a discutir. Apenas uma precisao, nas tuas ciencias naturais. Qdo eu te digo que 2 є Z ou 2 є N, isto nao me diz praticamenete nada, pois Z esta contido em N. ( da mesma maneira que N C Z C D C Q C R C C).

Senao vejamos 2 é 2. simplemente porque o valor absoluto de 2 é 2. agora vou definir dois intervalos para 2: 2 є [0, x] e 2 є [0, x[. Ao estabelecer 2 conjuntos. Estou a dizer-te que 2 é 2. Mas ao definir os intervalos, as leituras que eu poderei fazer de 2 serao diferentes, dependerao por um lado do valor que eu der a X, e por outro se esse valor pertence ou nao ao intervalo considerado. Intervalo fechado ou intervalo aberto, num dos extremos.

Num contexto de comunicaçoa a palavra nao existe sem o contexto que lhe confere o corpo. A comunicaçoa nao existiria sem o corpo que consubstancia a palvra. A palavra por si so nao comunica. Nao basta que exista um emmissor, um receptor e uma palavra para que haja comunicaçao. É necssario que a palavra seja ordenada, regulamentarizada, normatizada produzindo frases que se organizam em torno do discurso.

Da mesma forma o numero nao nos da informaçoa alguma se nao tiver um campo de acçao, estiver contextualizado - tiver um corpo.
Por exemplo em fisica eu nao posso à partida resolver a equaçoa seguinte 2l + 2cm. Se eu quisesse resolvê-la teria que reduzir l a cm ou vice-versa por forma a ter as mm unidades. Enqto que em matematica eu poderia resolver a tal equaçao era suficiente substituir o l por x e os cm por y. Assim teria 2x+2Y= 0; 2(x+y) = 0; (x+ Y) = 2/0 e isto é um numero indeterminado, se eu aplicar os limites, este numero tende para infinito, precisamenet para + ou – infinito. Qual é a leitura que podemos fazer de 2 nesse intervalo? Qual é leitura que fazemos de 2 na resoluçao do problema em fisica? Poderia continuar, mas nao estou certa se tem interesse!

Enfim, nao é a ideia de dois que torna a comunicação possível é o corpo que o enucia, é o contexto onde esta inserido, fisico ou matematico , é o campo de acçoa intervalo fechado ou intervalo aberto; campo com valores determinados. Sem esse corpo, Elisio, 2, é, nada. Sao os corpos que nos permitem estabelcer a comunicaçoa!!! Se eu chegar ao pé de ti e disser-te 2. Certamente tu perguntarme-às “dois o quê”? ou o que queres dizer com 2?
Considerando que o objectivo ultimo da retorica é a comunicaçao entre o emissor e o receptor, o objectivo do emissor é o de fornecer o maior numero de dados (corpo) para que o receptor interprete, per si, a ideia implícita no discurso. Repara que eu disse no discurso. Entre o emissor e o receptor, havera, assim a possibilidade de se criar um espaço onde se poderao discutir, as “palavras” formatadas e organizadas em torno do discurso.
Foi o contexto (corpo) que mudou e por isto o discurso de Hitler, outrora aclamado, deixou de ser aceite no espaço Alemao e é aceite no espaço de Moçambicano.

Elísio Macamo disse...

olá iolanda, agora percebi que não estamos mesmo de acordo. as operações matemáticas que fazes não dependem de ti, mas do tipo de números que tomas como base. os números naturais não te permitem esses intervalos, mas os integrais sim, e por aí fora. se estás a dizer que quem inventou a palavra foi a pessoa humana aí, sim, vou dizer que não há matéria para discussão. só que a história não termina aí. a pessoa inventa a palavra, mas esta autonomiza-se e mantém um sentido que se subtrai à vontade individual. se me vieres dizer que és homem (quando sei que és mulher) vou me rir de ti, independentemente da convicção com que o disseres. se a palavra estivesse irremediavelmente presa ao corpo não havia comunicação. por acaso, até é isso mesmo que permite esta discussão entre nós.

Aguiar disse...

Tempo para mim é, “luta contra a morte” o tempo para mim é, “vida” o tempo para mim é, “um tumor saudavel”, voilà o que significa a palavra “tempo” para mim. Por isto nao vale a pena estarmos aqui a discutir quem nasceu primeiro “o ovo ou a galinha” isto é afastarmo-nos do pto de partida do nosso dialgo e a vontade manifesta de nao querer discutir ou de nao poder discutir, instala-se. Pois nao conseguimos arranjar um espaço (corpo) onde pudessemos situar o nosso conhecimento das ciencias “ditas exactas” e das ciencias “ditas humanas”, para a compreençao do “Ser” – ser humano -homem.

Tudo começou de facto com a “palabre” de Bidima. “palabre” nao significa “môt” –palavra. “palabre” significa discusao, discusao, sob uma arvore, discusao entre os membros de uma comunidade que se reunem sob uma arvore – um sistema de discusao- esse sistema de discusao e nao um outro. “Palabre” significa a organizaçao do discurso em torno da palavra, num dado lugar. Bidima, escrutina o espaço publico atraves da discusao, “palabre”. Bidima coloca a “o sistrema de organizaçoa da discusao” como a condiçao de possibilidade de uma instituiçao. Trata-se de uma “palabre” – de um sistema de organizaçao da discusao- engaijado na resoluçao de conflitos. Contudo “la palabre” nao é a chave da resoluçao de todos os conflitos.

Para Bidima o sistema de organizaçao da discusao é dotado de uma serie de regras e normas, é hierarquisado, pois, embora, aparentemente, todos, tenham o direito, de usar da palavra no seio da discusao, a decisao final, a “ultima palavra” pertence a uma so pessoa. A discusao é uma organizaçao social. E é neste sentido que nos comunicamos obdecendo a regras e a normas vigiadas pelo olhar activo ou passivo dos verbos, dos adjectivos dos substantivos, supervisionadas pelo sargento gramatica. Condicionadas pela armadura do corpo social que a envolve. Esse corpo social nao é fixo esta em constante mutaçao, assim vemos por exemplo Hitler odiado na Alemenha e venerado em Moçambique.

Ora, se fosse possivel connsiderar até que ponto a nossa adaptaçao ao corpo social é imperfeita, para nao dizer fruto do acaso, poderiamos concluir, eventualmente, que armazenamos em nos mesmos uma certa qde de verdade, mas tbem um certa qtde de “nao-saber”, adquirimos tbem, uma certa qde de erros, tudo isto condiciona a comunicaçoa entre o emissor e o receptor. Estes artefactos podem ir até à “mentira” mentira vital para o ser humano, que precisa de viver na ilusao, de que é capaz de tudo fazer e de tudo controlar... O que nao tem mal algum se consideramos que a “mentira” assim como a “verdade” sao de importancia capital nas relaçoes entre os seres humanos. Da mesma forma que a palavra se materializa na discusao entre o emissor e o receptor. Entao, neste caso, ja nao é a palavra que esta no centro da discusao, mas o “corpo” enqto condiçoa de possibilidade de “existencia” da palavra. Qdo digo “corpo” nao me refiro simplesmente à estrutura biologica do individuo, mas referimo-me ao “quem, qdo, como, e em que condiçoes”. Isto é o que eu penso, hoje aqui e agora

Tu vcontinuaras a pensar de outro modo. Aceito. Mas como, Tempo é saude, nao vale a pena continuarmos... foi um prazer encontrar-te aqui neste espaço, corpo, que tornou possivel nossa discusao.

PS: de facto sou um homem, é pena que te estejas a rir. a imagem que fazes de mim nao é a que realmente é... mais um pensamento circular.

Elísio Macamo disse...

muito bem, pelo menos sabemos onde está o desacordo. acho isso mais importante.

Aguiar disse...

é isso aí,caro elisio, pelo menos estamos de acordo no desacordo. Foi um enorme prazer trocar ideias contigo.

saudaçoes cordiais

PS: Elton, aquele abraço. afinal a casa é sua, n'é? obrigado pela hospitalidade :)

Elton B disse...

Eu que agradeço a visita. As portas estão sempre abertas para todos. E não precisam bater. Emtrem e sintam-se em casa.
Acompanhei atentamente o debate e aprendi muito com ele. Meus cumprimentos à Aguiar e ao Prof. Elísio Macamo.

Anónimo disse...

Olá Elton, muito interessante o seu blog!

Essa idéia é interessante, mas o caráter absoluto em que Hitler a expôs mostra absolutamente a própria posição de Hitler e do nazismo: de tudo o que "leram", utilizaram apenas o que lhes convinha, sem se importar com os detalhes considerados por eles como irrelevantes. Os estragos históricos estão aí, quando o rigor da leitura é deixado de lado em nome do preconceito e do obscurantismo.

um abraço,

Elton B disse...

Catatau, percebi a tua ideia. Mas a questão não deve ser colocada nesses termos, senão entramos na discussão sobre o que é ou não relevante.Para mim é obvio que podemos ler o mesmo livro e da leitura retermos informações diferentes. Isso acontecerá porque o que eu achar relevante poderá não ter relevância nenhuma para Catatau e vice versa

Anónimo disse...

Bom, achei interessante chamar a atenção porque, enfim, é um Hitler quem expõe essas idéias. E elas não estão ali gratuitamente! Daí, para proteger julgamentos de senso estético privado, nada como o rigor. Pois podemos sempre ser subjugados por outras interpretações, bem pouco honestas (como as de Hitler)

abração,

Anónimo disse...

gente por favor vocês ficam discultindo por este assunto sem menos um saber o que o outro pensa pois então naum devem ficar nessa de falar que na Alemanha é uma coisa e Moçambique é outra pois devo me meter nessa comversa e dizer qie voses devem parar com isso

Anónimo disse...

agora voces meu lado ?? assi,bem melhor táa boum gente voces devem parar com isso um gosta de uma coisa e o outro gosta de outra você ficam falando ki um lugar é çlivre e outro naum assim naum dáa neé
por favor meu povoo
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